o poema começa síncope
na minha lacuna, seu desespero
começa quando termina e vai
em púrpuras e sons se almejando.
na verdade o poema não começa
está latente na vertente da síntese
como bilabiais cevando os dentes
ou surtos de sangue em veias vazias
o poema começa e termina
na incisão precisa do meu traço
na invenção que expõe cada pedaço
a esta luz voraz, tão íntima.
na minha lacuna, seu desespero
começa quando termina e vai
em púrpuras e sons se almejando.
na verdade o poema não começa
está latente na vertente da síntese
como bilabiais cevando os dentes
ou surtos de sangue em veias vazias
o poema começa e termina
na incisão precisa do meu traço
na invenção que expõe cada pedaço
a esta luz voraz, tão íntima.