Edvard Munch. Mãe morta.
Vou aos pedaços
no limiar da fuga
para onde continuo sem saber.
Aprendo agora o que teus olhos dizem
a contemplar o que não posso ver.
Teus olhos se perderam noutro tempo.
Mãe
a morte te transcende e me transcende
mas não te apaga.
A morte é o fim de todos os presságios
uma armadilha
a morte é uma aranha em sua teia.
Mãe
a morte vigilante aos poucos enredou
a tua irmã que mais amou a vida.