Mãe,
o que você procura
se estou aqui?
O que te chama
tão longe de tua cria?
Que mundo é esse teu
de onde chegam vozes misturadas
memória de lugares tão estranhos?
De onde te chama a voz que me angustia?
Alguém tem que me ver,
mãe,
para que eu possa viver
fora dos prados cinzentos
que me cercam
antes que o frio e as sombras me atravessem
e se desfaça o corpo que me deste.
E de que vale essa vida
sem um olhar que lixe meus contornos
e me apare as arestas
e me ampare?
Para que serve minha boca
se não sugar a festa de teu leite?
Tenho o tamanho e o talhe de teus braços
e não me tomas.
Com quem aprenderei a alegria?
Mãe, eu te suplico,
afasta de tua face essa tristeza
e aceita teu presente.
o que você procura
se estou aqui?
O que te chama
tão longe de tua cria?
Que mundo é esse teu
de onde chegam vozes misturadas
memória de lugares tão estranhos?
De onde te chama a voz que me angustia?
Alguém tem que me ver,
mãe,
para que eu possa viver
fora dos prados cinzentos
que me cercam
antes que o frio e as sombras me atravessem
e se desfaça o corpo que me deste.
E de que vale essa vida
sem um olhar que lixe meus contornos
e me apare as arestas
e me ampare?
Para que serve minha boca
se não sugar a festa de teu leite?
Tenho o tamanho e o talhe de teus braços
e não me tomas.
Com quem aprenderei a alegria?
Mãe, eu te suplico,
afasta de tua face essa tristeza
e aceita teu presente.
Um comentário:
adorei tua "elegia", principalemnte a primeira e a última frases. algumas pessoas nunca são futuro mesmo; e que tempo será eu sou? fico, talvez, no imperfeito do indicativo.
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