Mas é aqui
: descemos ao mais tenro
e não se volta à tona
depois disso.
Aqui
os quintais são cinzentos
e se ouvem outros sons
que não o canto de estimação dos pássaros
dourados.
E quando se consegue chegar a esse fundo
de quintal e poeira
e escadaria
o tempo nem mais importa a nossos pés.
O tempo
é um registro desigual
nem armadilha
nem prêmio
e é sem volta.
8 comentários:
GOSTO DESTE POEMA DE ALGUM DESASSOSSEGO...BEIJO
Belo poema. Gosto especialmente da última estrofe:
"o tempo
é um registro desigual
nem armadilha
nem prêmio
e é sem volta"
as trilhas desiguais do tempo...
Um abraço.
O que fazemos nós com o sentimento do tempo, quando nos invade? Aqui se fez poesia, das boas...
Um beijo, Adelaide. Boa semana!
gostei muito disso... inspirador
Muito gostoso!
Adorei, escreves muito bem:)
Seu blog esta linked com o meu wordpress.
Do tempo não conseguimos a fuga nem a distância. Ele vai-nos engolindo, implacável.
Excelente poema, gostei imenso.
Beijo.
Adade,
Que lindo poema este.
Que bom ter passado aqui nesta noite fria do sul para lê-lo.
Beijos e saudades...
Carol
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