quinta-feira, outubro 28, 2010

À la Adélia

Foto sem menção de autor.


Ando fugindo de Deus
e ele, que é de graça,
me sorri sempre
como se fosse
minha mãe.
Andei descrente de Deus
e ele me seguindo
aonde quer que eu fosse
como um amante
ou meu anjo da guarda.
Nem sei se é gratidão
o que Deus quer.
Talvez seja melhor
continuar vivendo
em seus ilimites
e amando o que afinal
conheço mais de perto.


13 comentários:

João A. Quadrado disse...

[com o Imitador do Vento raramente faço braço de ferro: perco sempre!]

um imenso abraço, Amiga Dade

Leonardo B.

Anônimo disse...

Uau, perfeito!

Beijo.

Graça Carpes disse...

Suave... Feito coisa boa!
:)

Zélia Guardiano disse...

Lindo demais, amiga Dade!
Conversa franca acerca de Deus: como deve ser e, suponho, do jeito que Ele gosta.
Imenso abraço!

Unknown disse...

Dade!

Li como leio Adélia! Que fantástico!

Você me pegou.

Beijos

Mirze

João Renato disse...

Murilo Mendes dizia que Deus existe, mas não funciona. Já eu, acho que ele não existe, mas isso também não funciona.
JR.

MariaIvone disse...

E eu acho que, mesmo que ele não exista, funciona.:))
Adélia, nossas fugas nos ajudam a valorizar nossos espaços de conforto. Deus por vezes ajuda!
Como sempre, belíssimo o seu poema.

Beijos
MariaIvone

Daniela Delias disse...

Do lado de cá tive um pensamento mágico...tomara que ele continue seguindo a Dade, só pra ler esse poema rs rs rs...
Lindo, lindo, lindo...

Unknown disse...

maravilha, aplausos com muitos bis


beijo

Carla disse...

é que ele é precisa de você. movimento do mundo.

Úrsula Avner disse...

Oi Dade,

belo e profundo poema, simples e ao mesmo tempo incisivo ao estilo mesmo de Adélia, poetisa a quem muito admiro. Bj e grata pelo carinho de sempre.

Gerana Damulakis disse...

De mestre (ou mestra), dade.

Nilson disse...

Beleza, Dade! Deus é brincadeira!!!