Há uma rachadura em todas as coisas.
É por ela que a luz entra.
Leonard
Cohen
A luz de dentro dos olhos
vem do ar que se respira.
Tudo que existe
até os pensamentos mais soturnos
sobrevive da luz que aspira
– um toque do pintor em rua escura
os vagalumes fugindo e renascendo
à luz do vento.
Vem pelas veias do céu
em anos-luz de linhas desmedidas
tecendo teias.
Procura pedras da terra
vestes rasgadas
na guerra os corpos feridos.
A luz é do que corrompe ou regenera
não salva – só ilumina
não planta
germina e cresce.
Tudo que brilha é desdobramento
e é o sangue a luz do corpo.
Poema reeditado
10 comentários:
Lindíssimo esse poema, Dade.
Beijos.
belo, belo
numa cadencia fenomenal
beijo
Luz, um de nossos motivos de viver. O poema é demais.
Beijos.
a luz é esse poema.
ilumina, rarefeita a sua cor.
beijos...
Nossa, Dade, esse me abalou e ofuscou.
beijo beijo.
Nem imagino o que seria de nós sem ela. Merece esse lindo poema, sim.
Beijos do Ivan.
Se é pelas rachaduras que a luz perpassa, então quero desdobrar-me pelo mundo afora.
Perfeito poema.
Bjs
É a nossa luz que por aí anda...
Um pouco de nós que encanta os outros!
Lindo, desde a epígrafe até o último verso, Dade.
Beijos!
"Tudo que brilha é desdobramento
e é o sangue a luz do corpo."
e respira... e dói... e é...
beijinho, dade!
p.s. cohen é a poesia e a música em conjugação perfeita, verdade?
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