Uma certeza simples se levanta
ser imperfeito e rouco
do meio das ruínas.
Sou meu resto.
Se acreditasse
sonhando com neve imaculada
e um esgarçado véu
por sobre um bosque
de vegetais rasteiros
noite de lua
e o impossível talvez começo
ou recomeço de um amor;
resto porque de noite pardas
desilusões semeiam gatos cegos
como se ainda pudesse...
Essa pureza
e essa razão estranha
apenas rebaixaram minha voz.
Ainda vive o resto.
Poema reeditado
5 comentários:
[e do resto,
o pouco a pouco, o despojo
a construção de nós.]
um imenso abraço, Amiga Dade
Leonardo B.
São poemas assim que me fazem vir aqui todos os dias...
Beijos do Ivan
interstício, e o resto; resta
beijo
Trágica macula que nos pica feito gelo.
beijos :)
Muito muito bonito, Dade.
Nâo demora não, tá?
Beijo.
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