segunda-feira, agosto 13, 2012

Inventário




Sei do passado
chegadas e partidas
– viver é contar perdas.

Sei do cansaço
murchas as flores
os ninhos dissipados.

Da urdidura das vozes
tantas vezes
mina uma língua estranha
indesejada.

8 comentários:

Tania regina Contreiras disse...

Perder é recuperar a originalidade das cores, penso enquanto teleio. E te releio, que o poema sussura e me diz mais, assim ao ouvido. Lindo!

beijos,

João A. Quadrado disse...


[o corpo

o vivo diário dos ventos de passagem,
os traços do inventário.]

um imenso abraço, Amiga Dade

Leonardo B.

Unknown disse...

Tua alma sangra... goteja poemas...
Beijo.

Anônimo disse...

Muito do que arde no poema é isso que nos deixa frios, a serenar.

Belo e forte!

Beijo.

Daniela Delias disse...

Dade, o título do poema é de uma riqueza à parte.

Amei.

Bjo, bjo

Anônimo disse...

Dói pensar no ninho dissipado, mas é necessário.

Beijão, minha doce amiga.

Bípede Falante disse...

Coleção mais sofrida essa que a gente faz...
Beijoss

Unknown disse...

este saber despedaça,

beijo