(...)
daria todas as metáforas
em troca de uma palavra
arrancada de meu peito como uma
costela
por uma palavra
contida dentro dos limites
da minha pele
(...)
Zbigniew Herbert
Às vezes durante dias não dizia nada
embaraçada em pensamentos velozes
emaranhados como galhos velhos de cajueiro
ou voando concêntricos em torno
de alguma coisa que não conseguia descobrir
como dizer
com que palavras.
Às vezes falava coisas sem rumo definido
coisas do dia-a-dia - o carteiro as compras a cozinha
como se contornasse o território cego
da coisa que não dizia
contida dentro da pele
que não sua
e não respira.
6 comentários:
Mais belo impossível, Dade!
Beijos do Ivan.
transpira.
(sem mais dizer, quietinho, leio e releio
é poesia)
beijão,
r.
esta pele saliva sílabas
beijo
Querida amiga
Muitos são
os Eus que nos habitam.
Uns falam...
Outros silenciam...
Que os sonhos
te enlacem a alma.
Muito belo!
Beijo.
Para onde vais sem a tua pele? Simplicidade inigualável, Dade!
beijo,
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