na lousa fugidia o giz desfaz-se em pó
no exato instante em que o mestre desanima
a gente no ponto de ônibus
olha sem ver as revistas
da banca
e dos grafites escorre outra cidade
sem saída
a furadeira tritura a energia suada
dos operários
e o sol brilha
os ônibus são animais em extinção
noutro
hemisfério
aqui bebemos mistérios de óleo diesel
a lua em marcha vai sumir do céu
levando em suas pontas
esgarçado
o território da estação mais fértil
6 comentários:
vítreo grafite da metrópole
beijo
O poema é um daqueles absurdos que eu deito e rolo
Fantástico, Dade!
bj gigante
Vim nadar em suas águas, minha mestra.
Demais esse poema!!!
Beijo :)
Há poesia no concreto...
Beijo, Dade!
"... aqui bebemos mistérios de óleo diesel ..."
Uma nota inteligente e ecológica num ótimo poema.
Gostei muito, gostava de ter escrito este teu poema.
Dade, minha querida amiga, tem uma boa semana.
Beijo.
Sigo este teu sonho doloroso com os olhos ansiosos, Dade. Um belo poema!
beijos,
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