Pai,
hoje te encontrei
bem jovem
olhando para mim
da capa de um disco de Tom Waits.
Por entre tantas coisas
tanto refugo e restos
e noites longas
que te deixavam na herança de um outro dia
soturno, a voz quebrada,
por que não me disseste?
Te procurei em tantas fotos
depois que nos deixaste
para saber que sentido teve tua vida
e que dias perdeste
sendo quem nunca foste.
Por que não me disseste?
7 comentários:
[tantas as linhas que ficam inacabadas,
entre as palavras nunca ditas,
peito adentro, um olhar]
imenso,
imenso abraço, Amiga Dade
bL
Dade, este poema emocionou-me muito.
É muito belo e muito sentido.
Beijo.
Que maravilhoso canto,na cadência da escrita e na voz de quem ama e numa língua renovada como a terra para alguém que é eterno!
Beijos, dade!
Preciosa ode!
Beijo e flores.
Obrigada Teca e José Carlos!
Memória emotiva!
Beijo, Queridade*
Nunca se diz tudo quando se parte.
Belo poema, gostei imenso.
Um beijo, querida amiga Dade.
Postar um comentário