Edvard Munch. Mãe morta.
Vou aos pedaços
no limiar da fuga
para onde continuo sem saber.
Aprendo agora o que teus olhos dizem
a contemplar o que não posso ver.
Teus olhos se perderam noutro tempo.
Mãe
a morte te transcende e me transcende
mas não te apaga.
A morte é o fim de todos os presságios
uma armadilha
a morte é uma aranha em sua teia.
Mãe
a morte vigilante aos poucos enredou
a tua irmã que mais amou a vida.
2 comentários:
Adelaide, que as pessoas queridas nunca sumam das nossas lembranças e que possamos homenageá-las sempre com lindos versos, como estes!
Um bom fim de semana! Beijo
Por um fortuito acaso, hoje estou particularmente sensível à evocação de minha Mãe - faria hoje 81 anos - dobrou«a a curva da estrada» há 26.
Gostei do poema, amiga.Quem me dera tê-lo escrito!
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