Lembra o vestido de linho
daquele dia
sozinhos na varanda?
Lembra da luz
última luz da tarde
dom do estio
sobre o tapete da sala?
Lembra a manhã daquele outono frio
o vento pela praia
nossas festas
noites de junho
os dias de Veneza?
Lembra a música das conchas
o horizonte
as frases do segredo
a delícia da pele
– lembra?
Lembra que a vida
inda floresce à tarde na varanda
e enche de asas o ar que respiramos.
Nosso desejo é como um andarilho
que nada sabe do tempo
e nunca esquece.
2 comentários:
Hoje está frio e estou aproveitando para visitar meus novos amigos...
Hummmm!!!
O vento uiva nesse melindrar da noite e eu fico entre o sorriso e o espreitar.
Abraços e até breve...
Adorei o poema, soou como melodia calma e tranquila ao meu existir. Aliás, especialidade sua esse construir...
Essas lembranças, Deus, são como flores comuns que não param de nascer e seus espinhos que insistem em ferir.
beijos
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