domingo, outubro 07, 2007

Os dados

A cada dia
algo de novo acorda
e se dilui nas horas distraídas.

Nos cantos esquecidos pela casa
nos telhados
dormem impulsos afáveis
cobertos pelo tecido de outra noite.

O sono nivela tudo
longe dos olhos
e em nossa indiferença
avaramente
guardamos nossos dados.

2 comentários:

soledade disse...

Cada dia um recomeço, sim, um impulso que deixamos dissolver-se nas águas mansas da rotina. Quereríamos o fio que seguramente nos conduzisse de um dia ao outro, como se os dias fossem pérolas de um colar eterno.
Belo poema, Adelaide!
Beijo

Amélia disse...

Subscrevo o comentário da Soledade, amiga!