Porque calei o amor e a incerteza
toda a verdade do que mais importa
e construí castelos de defesa
só restará de mim a língua morta
com que semeio a terra adjacente
e que relata imagens refletidas
do medo e da saudade do presente
e do futuro adiado pela vida.
Porque fiquei e o tempo nunca pára
e quanto mais me omito mais me eximo
partiu-se o fio que me desenhara.
Tornei-me pedra cal areia e limo
já não sou mais que o espaço que me ampara
e decantada no tempo me suprimo.
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