Fugiu de sua terra há sete décadas
moram com ele na casa de sobrado
um cinzeiro rachado da Bavária
a escrivaninha surrealista do tio que sofria
de esquizofrenia
e um ruído de rio
permanentes ambos o rio e o ruído.
Da sala se ouve um zunzum discreto
mas constante
onde trocam ideias o pai
a mãe e a mestra de sua escola da infância
que – fossem vivos – teriam
cada um
ao menos cento e vinte.
Às vezes ele chega até a janela
e se não há muito sol nem muita chuva
e o rio corre manso
diverte-se passeando em pensamento
pela memória da margem mais deserta
até encontrar alguém
que fale o alemão fluentemente.
moram com ele na casa de sobrado
um cinzeiro rachado da Bavária
a escrivaninha surrealista do tio que sofria
de esquizofrenia
e um ruído de rio
permanentes ambos o rio e o ruído.
Da sala se ouve um zunzum discreto
mas constante
onde trocam ideias o pai
a mãe e a mestra de sua escola da infância
que – fossem vivos – teriam
cada um
ao menos cento e vinte.
Às vezes ele chega até a janela
e se não há muito sol nem muita chuva
e o rio corre manso
diverte-se passeando em pensamento
pela memória da margem mais deserta
até encontrar alguém
que fale o alemão fluentemente.
4 comentários:
._____querida Adelaide
sempre qu a lei-o_____é uma lição_____...
______///
beijO____ternO
como "um ruído de rio" que me ficou no ouvido...
lindo, lindo!
Um beijinho, Gisela
Gostei da historinha poética!
Beijos!
A poesia é moldável a todos os tons. Belo poema, cuja veia dramática cristaliza um momento digno das mais vívidas telas, dos melhores livros. Adorei!
Beijos,
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