Na manhã imatura
que o sol depôs antes do meio-dia
a música do corpo interrompeu sua dança.
Tinha dezoito anos
vestia ainda o futuro
como quem a qualquer momento
vai levantar e rir de tanta gente
chorando a sua volta.
O relógio ciscou no entanto seus segundos
até que escureceu
e a história por viver
adormeceu
trançada em mãos de mármore.
São cinza agora
os músculos a pele os ossos longilíneos
e o timbre aveludado de baixo profundo
que tanto prometia nos diálogos
que havia ainda de ter com a clientela
seis anos adiante
quando ganhasse o diploma
de endocrinologista.
que o sol depôs antes do meio-dia
a música do corpo interrompeu sua dança.
Tinha dezoito anos
vestia ainda o futuro
como quem a qualquer momento
vai levantar e rir de tanta gente
chorando a sua volta.
O relógio ciscou no entanto seus segundos
até que escureceu
e a história por viver
adormeceu
trançada em mãos de mármore.
São cinza agora
os músculos a pele os ossos longilíneos
e o timbre aveludado de baixo profundo
que tanto prometia nos diálogos
que havia ainda de ter com a clientela
seis anos adiante
quando ganhasse o diploma
de endocrinologista.
4 comentários:
Muito triste.
Muito lindo.
Poesia que nos faz chorar, e que nunca sonhamos em necessitar fazer...
Sinto muito pela perda, Adelaide. Mesmo.
Nunca se sabe quando a música da vida será interrompida, o que não deve nos impedir de seguir dançando... e acreditando que num outro lugar ela recomeça. Ainda assim, sempre dói. E muito.
Um beijo, Adelaide.
Oi, querida,
Um modo de contar o processo da vida, `as vêzes prematuramente interrompida , que nos faz pensar. E te admirar mais. O ponto é saber o quanto dançar antes de da música parar.
Beijo, querida.
A interrupção da vida, é sempre chocante, e nso toca.
Seja ela de uma vida bem vivida, ou que mal tenha começado.
É um corte.
Beijo
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