Diante
de prateleiras de poemas
imaginava
viver em Santorini
num
terraço
avaliado
em sete livros desaparecidos
durante
a inquisição.
Imaginava
planos e viagens
sem
nunca sair de casa
a
esperar demais do gato e das janelas
acumulando
fumaça e pesadelos
–
noites que nem a madrugada abria
entre
monges escreventes
caligrafias
iluminuras e inutilidades
cobertas
de poeira
e
páginas sobre o mar
que
ele inseria entre as cenas de algum filme
a
que assistia distraído na TV.
11 comentários:
Que seríamos sem a possibilidade de imaginarmos?!
Eu?!
... estaria em Kaisersberg, na esplanada do hotel, num fim de tarde com o sol poente a dourar as pedras da torre da igreja...e a bebericar um copo de Riesling fresquinho!
vivencio cada objeto como uma realidade etérea, mas prenhe de possibilidade
beijo
me parece a vida de um leitor invertebrado louco por cinema :) beijos
Muito bom, Dade!
Beijo
E toda a possibilidade de ser não passa disso - possibilidade.
Beijo, moça.
Imaginar e viver são irmãs gêmeas univitelinas...
Beijo do Ivan
Lembrei da Autobiografia de um só dia do Cabral.
há tantos lugares que nos tornam possíveis...
santorini.. os livros proibidos... a janela sobre o mar... posso entrar no teu sonho?
beijinho!
Que bonita viagem... uma imaginação tão viva de você através de versos...
Vou passear um pouco ao redor da natureza, descansar, admirar detalhes de vida... depois eu volto para ler seus versos.
Um beijo carinhoso e flores do campo.
Cada um sonha com sua Kallístē, um querer viver no mediterrâneo de seu tempo.
Um cordial abraço, dade!
Belíssimo, Dade. Acho que posso dizer mais que quase, porque é como se o conhecesse aqui.
Beijos nossos.
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