Enfim termina o dia, era tempo.
Como quem não espera mais da vida
fecho nos olhos memória e movimento
e o próprio vento agora silencia.
Enfim saio do dia e entro na noite
buscando um sonho ainda que sem
rumo.
Tudo que peço da noite é um longo
sono
que me dissolva nesse quarto escuro
onde as imagens se perdem nas paredes
como fantasmas através dos muros.
Nada porém será como eu queria
– o sono se despedaça em largos voos
e o fato consumado desse dia
não voa, mas se repete noite adentro.
11 comentários:
rimas mais que perfeitas, poesia Dadística :), beijos
QUE LINDOOOOO!
Cheguei a suspirar, ou voar. Sempre se busca na noite aquele alento que o dia movimentado nunca traz.
Beijos, POETA!
Mirze
o tempo, sempre dissolvendo em nossos olhos rios estranhos
beijos
Gostei muito, como me é habitual ao ler os seus poemas.
Ah, os fatos consumados só serão consumidos quando vier a noite sem fim da nossa própria ausência!
Beijo, Dade.
Poema de beleza e realismo, Dade.
Beijos do Ivan.
Ah, só os poetas sabem como as noites são longas e não desgrudam de seus versos.
Beijo!
"Meter" o dia na noite não será boa ideia... é mais do mesmo...
Mas o teu poema é magnífico. Adorei as tuas palavras, querida amiga. Abraço grande.
A noite por vezes torna-se sacrificial... e ansiamos que o dia regresse!
Beijo,
O que se busca e não encontra - o que mais acontece na vida.
Poema perfeito, Dade.
Beijos nossos.
Perfeição, perfeição...tudo tão bonito e doído.
Bjo
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