Eu
docemente deponho meus cilícios
Que
já nem deles precisar conheço.
Prossigo
em meu caminho e mansa esqueço
Dias
de penitência e sacrifício.
Somente
agora sou o que é verdade
E
de sossego somente agora vivo.
Meu
coração não trago mais cativo
Das
ilusões do bem e da maldade.
Entendo
mais de paz e de silêncio
Do
que de vãs palavras de devotos.
Entendo
mais do corpo e de seus motos
Que
dos louvores e preces que ignotos
Os
piedosos lançam como incenso
Ao
céu vazio e impiamente imenso.
13 comentários:
Gostei, viu? Nºão pode enviar para a lista? Beijos
Excepcional! LINDO!
Há algum tempo escrevi uma poesia como uma noviça. Seria uma outra opção de vida, mas fui tão criticada, que desisti. Mas você, Dade escreve bem demais e sutilmente depôs silícios e silêncios de forma belíssima. Fui interna em colégio de freiras e realmente não gosto do modo de ser delas.
Parabéns, poeta.
Beijos
Mirze
de pureza e silencio, a prece e o hábito
beijo
entendo mais de silêncio que de grito. seu poema convertido.
muito belo
beijos
Gostei desta conversão...
Um poema de uma ironia fina e linda!
Beijos.
Sutileza e verdade, ebfum, na vida da freira. Antes tarde!
Beijos do Ivan
adorei essa freira :) beijos!
da leveza das águas que batem em nós
Clássico e perfeito, Dade. Para meu modo de ver, muito verdadeiro. Parabéns.
Será que davas para freira...?
Talvez não, mas dás para poeta, pois este teu poema é magnífico. Gostei muito, querida amiga.
Beijos.
Abriram-se afinal os olhos e o coração da freira...
Beijo, querida amiga.
M-A-R-A-V-I-L-H-A!!!!!!!!
Versos límpidos com voz de prece...
Beijo.
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