O que era tão belo
despertou em nós uma cobiça
benigna
como teria que ser
já que éramos felizes.
Passávamos pela casa
tantas varandas
vasto quintal
piscina
e um jardim que apenas realçava
a construção mais bonita dessa rua
talvez de muitas outras.
Hoje passei por ela
bem conservada
acho que ainda mais bela.
E se você não tivesse tão cedo
deixado este mundo
com certeza estaríamos morando nela.
Ou quem sabe
você se instalou
invisível
naquela casa
que cobiçamos juntos
há tantos anos.
7 comentários:
Um tema difícil, num poema belíssimo!
Parabéns, poeta! A cada leitura, mais te admiro.
Beijos
Mirze
A casa que mais cobiçamos às vezes parece se afastar, como alguns se afastam de nós com o tempo que os leva.
Beijo, Dade.
vc me lembrou A casa tomada de Cortázar,
beijo
nenhuma metáfora se faz menos retórica porque mais verdade do que a da casa. quanto de nós nela cabe (e não cabe?)
beijinho, dade!
Um poema de uma nostalgia linda e tocante...
Beijos,
Bonito de doer, Dade.
Beijos do Ivan.
Há casas que cobiçamos, e nos parecem o ideal para nós.
Beijo.
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