Preparamos penumbra de floresta
aves de incenso em pátina de espaço
limita-nos um teto de silêncio
e as palavras nos tocam
em som de pensamento e voz de sonho.
Temos cenários
ouro
asas maduras
travo de história
e tímidas ternuras pela boca.
O mesmo gesto modela nossos membros
e logo os ata.
Falamos juntos coisas separadas
vivemos separados coisas juntas
e uno e o tempo de nossas vestes
distâncias e lugares.
Sob o teto sem fim de nossa sombra
caminham nossas sombras de mãos dadas.
Poema reeditado.
7 comentários:
essas sombras dialogam com nossas sobras,
beijo
Já conheço esse poema. É um de meus prediletos.
Beijos do Ivan.
que triste e bonito.
a tristeza é mesmo senhora, senhora das distâncias e dos desejos que se vestem com saudades.
beijos, Dade :)
Oi Dade, belo e profundo poema onde o mistério do amor é visível... Beijo.
Amo esse poema!
Beijos
Beleza total, Dade.
Beijos nossos.
Dade, quando li "tímidas ternuras pela boca" suspirei. Esse poema é impressionante, de um lirismo único. Dos mais lindos que já li.
Levo comigo.
Bjo, bjo
Postar um comentário