Foto da internet sem nome de autor.
Perto de um cais noturno, treva espessa,
conto as estrelas sozinhas e me esqueço
de quanto sou também sozinha e triste
desde semanas atrás, quando partiste.
Conto as estrelas caladas e o silêncio
contém a escuridão e é como incenso
subindo em homenagem aos que sofrem
cantando um mudo canto sem estrofes.
E nesse cais escuro debruçada
olho o balanço sem fim da água apagada
pensando vagamente no romance,
jogo finito no primeiro lance,
que foi como uma trova ou uma chance
de renovar a vida e deu em nada.
7 comentários:
Beleza pura, Dade!
Beijos do Ivan
Adorei o ritmo, um poema-dança...
Beijos
belo soneto, belo Dade
beijo
Ah... Fiquei com saudades dos cais que deixei para trás em outonos nostálgicos...
Deliciosas palavras!
Beijos
"treva espessa"
que imagem, amiga Dade!
Foi uma trova, uma chance... Aconteceu!
Belo, belo.
Soneto dos mais belos, Dade. Amei.
Beijos!
Tenho um fraco por sonetos, e esse é dos melhores. Parabéns, Dade.
Beijo.
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