quarta-feira, dezembro 05, 2012

neurônios



anestesiados neurônios                           
tudo que sentem
nada
no mar cinzento
onde
cápsulas se dissolvem
e amenizam
as dores
dentro dos olhos
peixes
navegam
sem rumo
nenhuma luz
é fundo
esse lugar
é fundo

novos espaços
brancos
cobrem a dor
dirimida
pelas cápsulas
e os peixes
se movem
rumo encontrado
entre palavras

ao sol
uma estrada se abriu
e ela caminha agora
rumo ao claro
poema

13 comentários:

Ivan disse...

Cada vez mais original e cheia de ideias!

beijos do Ivan

Luana disse...

Neurônios insensíveis são um grande risco...

Beijosss, menina.

Ira Buscacio disse...

Muito Lindo, Dade!
Penso que todo poema tem uma grande luz, ainda que a voz que o sopre seja
escuridão.
bj grande

R. Vieira disse...

Amo muito ler seus versos. Que intensidade tens nas palavras!!!!


Amei!!!

" ela caminha agora rumo ao poema claro"

Tania regina Contreiras disse...


Haverá sempre o claro poema. A gente sempre espera.
Beijos, Dade

Aloísio disse...

Neurônios podem servir de tema para um poema, e ficam perfeitos no encaixe e nos sentidos.
Amei esse poema!
bjs

dade amorim disse...

Ivan, você é um encorajador de poetas!
Obrigada por isso.
Beijos.

dade amorim disse...

E como são, Luana!
Bjs e obrigada.

dade amorim disse...

Também acredito nisso, Ira. Aliás, quase sempre estou de acordo com vc.

Bjs

dade amorim disse...

Obrigada, amiga, e um grande beijo.

dade amorim disse...

Tania, que Deus te ouça!
Bjs

dade amorim disse...

Aloísio, sua imaginação é um dom!

Bj e agradecida.

Primeira Pessoa disse...

os peixes se movem entre as palavras: taí uma imagem bonita.

gostei.
um tantão.

abração do

r.