terça-feira, maio 28, 2013

Das dores




Doem as previsões
o inacabado
e o cortejo dos sonhos sem futuro.
Doem medos persistentes
e a solidão
irmã gêmea.
Doem os chamados que não escutei.

Dói como raiz desenterrada
todo poder injusto
na servidão dos motivos.
Doem as interdições sem rosto
lobotomia incruenta do desejo.

10 comentários:

Fabio Rocha disse...

que passe a dor e fique a beleza

João A. Quadrado disse...


[doem

as palavras que desconhecemos,
nas mãos dormentes;
doem.]

um imenso abraço, Amiga Dade

Lb

Unknown disse...

doem todos esses quases,



beijo

Ivan disse...

Adoro teus poemas!

Beijos do Ivan

José Carlos Sant Anna disse...

Dói, é verdade. Mas como é bonita essa capacidade de confrontar a reflexão com a dor.
Abr.,

Luana disse...

Previsões e inacabados são casos sérios em nossas vidas.

Beijo grande.

ALUISIO CAVALCANTE JR disse...

Querida amiga

As vezes a tristeza,
nos seduz com suas
mãos suaves,
mas é preciso
que sejamos fiéis
a alegria.

A vida é feita
dos sonhos que nos habitam.

Fred Caju disse...

Sem dor seria melhor?

cirandeira disse...

Na casa da dor respingam gotas de tênue alegria, mas só quando chove!

beijos, Dade

Anônimo disse...

Às vezes não sabemos o que dói tanto...

Beijo, Dade!