Porque calei o amor e a incerteza
toda a verdade do que mais importa
e construí castelos de defesa
só restará de mim a língua morta
com que semeio a terra adjacente
e que relata imagens refletidas
do medo e da saudade do presente
e do futuro adiado pela vida.
Porque fiquei e o tempo nunca para
e quanto mais me omito mais me eximo
partiu-se o fio que me desenhara.
Tornei-me pedra cal areia e limo
já não sou mais que o espaço que me ampara
e decantada no tempo me suprimo.
toda a verdade do que mais importa
e construí castelos de defesa
só restará de mim a língua morta
com que semeio a terra adjacente
e que relata imagens refletidas
do medo e da saudade do presente
e do futuro adiado pela vida.
Porque fiquei e o tempo nunca para
e quanto mais me omito mais me eximo
partiu-se o fio que me desenhara.
Tornei-me pedra cal areia e limo
já não sou mais que o espaço que me ampara
e decantada no tempo me suprimo.
9 comentários:
... restará de mim a língua morta
com que semeio a terra adjacente...
Os versos foram lá no mais profundo da alma agora!
beijos,
Desses que você escreve, e eu leio e sinto na pele. Muita identificação.
Beijo.
Melhor que vinho decantado este soneto camoniano. Ele está se deliciando lá em riba.
Abraços,
Lindíssimo. De tão doído, fez-me lembrar de algumas coisas. Poesia é baú!
Beijo
bela assimetria silábica e melódica
beijo
Querida amiga
Mas sempre existe
um tempo
de se retornar
a vida...
A vida é feita
dos sonhos que nos habitam.
Belo, muito lindo esse soneto.
Beijos.
Que sonetão!
Decantou-se? Pra mim purificou-se! Meu beijo.
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