pela cidade quando
entre as copas e
o teto mais distante
as lâmpadas
escondem o fim do dia.
Conheceu noites
dormindo na calçada
ao som do apito
dos barcos pelo rio
enquanto
protegidas pelo escuro
lâmpadas prenunciavam
outra aurora.
Viu na cidade
tantas outras noites
e tantos gritos
entre os muros frios
viu edifícios
insones e fechados
e caminhou na
sombra sem destino
olhando as
lâmpadas desfolharem o rio.
Esteve nos bares cheios
mesas vultos
copos vozes
galhos de hera à
espera
do silêncio que
os dissolve.
As armadilhas
tecidas pelo tempo
à meia-luz pintam
paineis imensos
lembranças falsas
de vidro
brasas do mesmo
cigarro
que vai se apagar
nas lâmpadas
quando chega o
outro dia.
6 comentários:
Lindo e digno de ser lido todo!
Beijo
belo, belo
muito
beijo
quantas noites cabem nesta noite que não dorme? não sei! sei que andei um bocado sem cansar e gosto disso
muito bom, Dade, queridona!
bjoca
Uma bela viagem! Beijo, Dade!
Há noites assim para muita gente.
Um poema muito belo que faz pensar.
Beijos
gostei especialmente deste!
um beijo!
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