Seria uma cidade igual às outras,
diamante bruto ao fundo da
montanha-mina,
não fosse pelo bailado dos profetas
os movimentos leves de pedra-sabão
as dobras panejadas de seus mantos
e as faces impenetráveis
angulosas.
angulosas.
Esses profetas
cobrem a terra de harmonia lúdica
em cantos inaudíveis.
Tornam em ouro o pó
e o azul do céu em prata clara.
Decidem os destinos da cidade
secretamente
no espaço-tempo dos fatos.
E ao lado da aparente sisudez
praticam um misticismo fetichista,
ritualista e irreverente
que à noite anima os personagens
pios
dos passos da via-sacra
para os fazer pecar.
São sábios a seu modo,
unânimes como os sete anões de
Branca de Neve
e, íntimos do Pai,
riem dos homens e dos anjos,
enquanto lançam sobre os visitantes
o olhar vazio das estátuas.
7 comentários:
Uau!!!!! estou ainda tonta com os burburinhos dos poetas de lá.
que poema!
bj, minha queridona
Uau!!!!! estou ainda tonta com os burburinhos dos poetas de lá.
que poema!
bj, minha queridona
Que belo olhar sobre Congonhas, Dade!
Maravilha de poema!
Beijo,
"Esses profetas
cobrem a terra de harmonia lúdica
em cantos inaudíveis.
Tornam em ouro o pó
e o azul do céu em prata clara.
Decidem os destinos da cidade
secretamente"
Como precisávamos de os ter por cá...
Um beijo.
Um poema profundo.
Para ler e reler sem respirar.
Excelente, gostei imenso.
Dade, minha querida amiga, tem um bom fim de semana.
Beijo.
Profundamente lindo!!!
Beijo.
Muito boa essa crônica sobre a magnifica obra deixada pelo Aleijadinho em Congonhas. Esse conjunto impressiona a qualquer visitante. Meu beijo.
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