Perto
de um cais noturno, treva espessa,
conto
as estrelas sozinhas e me esqueço
de
quanto sou também sozinha e triste
desde
semanas atrás, quando partiste.
Conto
as estrelas caladas e o silêncio
contém
a escuridão e é como incenso
subindo
em homenagem aos que sofrem
cantando
um mudo canto sem estrofes.
E nesse
cais escuro debruçada
olho
o balanço sem fim da água apagada
pensando
vagamente no romance,
jogo
finito no primeiro lance,
que
foi como um poema ou uma chance
de
renovar a vida e deu em nada.
6 comentários:
Mas o teu jogo poético sempre será um lance a mais nesse cais
que é ancoradouro de muitos outros navios-surpresas!
Beijos, Dade
Obrigada, querida Cirandeira!
Tudo é finito...
Excelente poema, gostei imenso.
Dade, tem uma boa semana.
E uma Páscoa feliz para ti e para a tua família.
Beijo.
A melancolia da solidão e do silêncio num soneto excelente.
Um beijo e Boa Páscoa.
Belíssimo, Dade!
Amei!
Beijos do Ivan
de mais
beijo
Postar um comentário