A mais brilhante estrela está mesclada
a uma sujeira cósmica de argueiros
a uma poeira negra e cintilante
— crinas dispersas de um cavalo negro
juba noturna do leão de Marcos.
Do vão da noite os pórticos abertos
chamam a seu rumo o sonho e o poema
mas a ilusão comanda essa viagem:
seguirão no vazio estas palavras
beirando a noite e seus caminhos sujos
rememorando lembranças — crina e pó
sobre Veneza partida em seus cristais
estátuas perdidas no passado
e seu perfume de tapetes raros
o céu tremeluzindo em seus canais.
4 comentários:
que beleza
beijo
A ilusão e o sonho comandam qualquer viagem. E Veneza é linda...
Beijo.
Veneza é linda, mas a água cheira mal...
As gôndolas são muito românticas, porque o balanço é tal que as mulheres se agarram aos seus homens com unhas e dentes... rsrsrs...
Mas o teu poema é magnífico. Gostei imenso.
Dade, querida amiga, tem um bom domingo e uma boa semana.
Beijo.
Que belo poema! Plasmando águas, sonhos e ilusão.
Beijos, Dade!
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