Convivo com o futuro
juntando meus pedaços dispersados
por um espaço que brinca de tempo.
Aa folha branca-cega não me avisa
das armadilhas
dos rostos
do brinco que usarei na quinta-feira
nem do vazio à espera.
Jogo com minha trena desmarcada
medindo o imensurável
dos desejos.
O vir-a-ser
o reencontro
o medo
e os impulsos se escondem
e escorrem sem retorno
de minha agenda encapada
de esperança preta.
Um comentário:
Adelaide, sempre que venho aqui fico surpresa com teus poemas. este aqui me tocou um pouco mais do que alguns outros. é fantástico como os poetas traduzem de uma maneira tão simples (ao que parece; esqueçamos da dor de parir que não raro ocorre), coisas sentidas por todos nós, as pessoas que passeiam pelos supermercados da vida e vivem presas ao preto da agenda encapada. muito lindo!se permitir qualquer dia gostaria de postá-lo na minha casa da nina; se parece muito com a minha vida esta tua poesia. bisou.
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