De que terra vem o vento
de que nuvem chega a chuva
de que corpo vem a sombra?
Estou tão perto, estou pronta
sorrio calo e me sento
e descalço minha luva.
Que folhas o vento sopra
de que céu a chuva chega
de onde a sombra me acompanha?
O jarro arranha a aranha
e vou partir para a europa
no braço que me aconchega.
Que vento sopra da terra
que chuva chove essa nuvem
que sombra cai de meu corpo?
Ganhei um vestido novo
cor de paixão e de guerra
respingado de
salsugem.
De que terra o vento vem
a chuva cai de que céu
como a sombra se desenha?
Quem tiver amor que venha
ensinar a amar a alguém
nas voltas do carrossel.
Olha, o vento vem soprando
olha a chuva já caindo
olha a sombra diluída
e a querência dividida
ciranda do amor fechando
ciranda da dor abrindo.
8 comentários:
Esse ritmo leva a gente até o fim do poema. Que é lindo.
Beijos, Dade.
A ciranda da dor abrindo...teus poemas são sempre tão bonitos, mas hoje devo estar mais à flor da pele porque saio daqui com os olhos marejados...
:)
Que linda "ciranda", Dade!
Seu estilo é impecável em qualquer poesia. Esta, em especial bateu fundo em meu peito.
Parabéns!
Beijos
Mirze
que ciranda mais bela, vívida
beijo
A ciranda de viver. Linda, linda.
Beijos do Ivan.
O ritmo gostoso dessa ciranda me embalou.
bjs
Vertiginosa!
Beijos,
Anna Amorim
Uma série de interrogações a que o amor pode responder!
Um poema lindo com o qual me identifico!
Beijinhos,
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