A chuva se recria
nas folhas da amendoeira
e a noite canta
na franja dos telhados
a madrugada líquida que chega.
É tanto o que independe
de nós
aos olhos mais atentos
– as luzes vacilantes nos suprimem
e nada saberemos dos bichos escondidos
do escuro mais escuro –
nada
de tudo que subsiste
sem que os sentidos registrem.
– as luzes vacilantes nos suprimem
e nada saberemos dos bichos escondidos
do escuro mais escuro –
nada
de tudo que subsiste
sem que os sentidos registrem.
9 comentários:
A madrugada é fêmea e água. E há momentos que rewspingam poesia.
Beijos, Dade
E os sentidos não abrangem tudo...
Mais um poema de grande beleza, Dade.
Beijos do Ivan.
Chuva que não se recria passa batida, é apenas chuva.
Gosto do seu versejar... encantadores versos...
Bom fim de semana.
Beijo carinhoso.
Sempre me sinto em casa, lendo seus versos.
Beijo.
Há muito que não registramos, e está lá. E está aqui, nas entrelinhas do poema...
Belíssimo, Dade!
Um beijão!
Muito belo esse poema, Dade!
Beijos nossos.
e é esse tanto que nos pesa tanto e tudo...
beijoss
os sentidos tão sentidos,
beijo
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