Ele falava às vezes como quem desembarca de estrelas trituradas
farpas que ela seguia pisando pelas curvas do dia
falas rascantes capazes de quebrar o sono
como cristal estilhaçado por uma voz de soprano.
Ele falava às vezes como quem grita de feridas
que ela não via mas ardiam sem cura
farpas que ela seguia pisando pelas curvas do dia
falas rascantes capazes de quebrar o sono
como cristal estilhaçado por uma voz de soprano.
Ele falava às vezes como quem grita de feridas
que ela não via mas ardiam sem cura
em seu rosto pós pranto.
7 comentários:
Oi,
acabei de acrescentar o seu espaço à Feira de Blogues do Balaio.
Um abraço.
Cara Adelaide,
Gosto e sigo tudo o que escreve, mas este poema, em particular, devo dizer-lhe, tocou-me profundamente.
Muito obrigada, simplesmente, por escrever e partilhar connosco as suas belas letras.
A fala e seus símbolos. A fala como revelação ou significado do eu (ou dos eus). Amei o poema e também fui tocado por ele. Beijo.
http://quasepoema.zip.net
Adelaide Amorim,
Já inserimos alguns dos seus poemas no Antologia Bloética. Esta antologia se propõe a compilar poetas que divulgam exclusivamente seus poemas em blog. Sabendo que alguns possuem obras publicadas em livro, ainda assim agregaremos esses autores com a condição de que os poemas selecionados tenham sido publicados na rede. Bem-vindos ao blog dos "bloetas!!!
Agradecemos a credibilidade e a disponiblidade, Adelaide.
Muito grato.
Adelaide, tu afinaste, refinaste e deste o perfeito tom ao grito que protagonizou este teu poema.
E conseguiste tocar a parte profunda de quem aqui sente o que são vozes que distoam em diferentes escalas... feridas que não conseguem dialogar.
Lindo, poestisa.
quando "eles" se ferem...
um quadro,
uma descrição de uma cena.
um abraço.
Jefferson
eles se entendem no imperfeito do conflito, do erro, da dor. eles se entregam imperfeitos...
Lindo!
Postar um comentário