Que pena andar em calçadas conhecidas e nem ao menos chegar ao arvoredo na pracinha onde há mais sombra e os insetos criam um ruído de rampa no cascalho liso a deslizar de leve e o que se espera é sempre o não falado a estrutura flexível do desejo e alternativas ao que não pode ser mais que o hálito ou o gesto do momento.
Ao menos nessa noite pode haver a assimetria de um espaço novo e na cidade algum lugar marcado e indelével. Como se fosse uma pegada no cimento fresco para se passar sem comentários num leve agitar de asas ou o sobressalto de lembrar na hora do café e ter certeza enfim de alguma coisa, mesmo nunca dita, coisa infiltrada e aspergida num lugar transportado para a vida.
Ao menos nessa noite pode haver a assimetria de um espaço novo e na cidade algum lugar marcado e indelével. Como se fosse uma pegada no cimento fresco para se passar sem comentários num leve agitar de asas ou o sobressalto de lembrar na hora do café e ter certeza enfim de alguma coisa, mesmo nunca dita, coisa infiltrada e aspergida num lugar transportado para a vida.
7 comentários:
Texto bonito.
bjsss
gosto de suas letras
O estilo de prosa solta achei muito legal! Bjs
menina costurando palavras, parece lua fabricando desejos.
lindo demais!
beijos...
É adelaide,
Lindo esse poema!!
Tenho pensado que as vezes a FALTA é excesso de coisas velhas que carregamos, mas sempre é tempo de esvaziar as malas e colocar novas sementes na estrada, não é?
Bjs,
Carol
Tenho um poema onde falo sobre as inúmeras vezes que passamos perto de uma praça (e as daqui são lindíssimas) e nem sequer olhamos as árvores, que dirá sentar num banco e admirar: flores, pássaros, gente... vida. Teu texto me fez lembrar do que chamei de "oásis a um passo... que não daremos"
Beijo, boa semana, Adelaide!
Gostei muito Adelaide, seu jeito de escrever preenche todas as faltas! É mesmo nesse "passeio" da vida que por vezes nos encontramos...
Um beijo
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