Temos os olhos cheios
das coisas que não vemos.
A guerra de outro hemisfério
o rio de água apagada
a morte em nossos barrancos
lavadeiras encurvadas
e a flor carnívora do desarrimo.
Temos ouvidos prontos a esquecer
no escuro
as baleias retalhadas
o barco vazio à espera
predadores de mesa farta e
rio acima
nas casas mornas da margem
as mães e suas crianças mal nascidas.
De tanto ver nas fotos
a pele grossa lavrada pela terra
as nossas mãos perderam sua destreza.
das coisas que não vemos.
A guerra de outro hemisfério
o rio de água apagada
a morte em nossos barrancos
lavadeiras encurvadas
e a flor carnívora do desarrimo.
Temos ouvidos prontos a esquecer
no escuro
as baleias retalhadas
o barco vazio à espera
predadores de mesa farta e
rio acima
nas casas mornas da margem
as mães e suas crianças mal nascidas.
De tanto ver nas fotos
a pele grossa lavrada pela terra
as nossas mãos perderam sua destreza.
4 comentários:
minha flor já virou jardim
[belo!]
passando pra alimentar a alma pra mais um final de semana... de trabalho :-) beijo, prima dos belos poemas
Calejado e belo.
"temos os olhos cheios das coisas que não vemos"
presisamos des-cobri-las...
um beijinho
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