Nesses encontros de
todos os dias
nomes e vozes
confusos, misturados,
nesses encontros
tíbios da rotina
há um som de inseto
seco na luz baça
e as folhas de papel
brancas e finas
são poças de manhã na
mesa escura.
Desses encontros de
todas as horas
resta no ar uma poeira
leve
que se repete e junta
pelas frestas
mancha os vidros das
janelas
e em crostas esconde o
sol, e o sol se nega
a visitar nossas salas
vespertinas.
9 comentários:
essa rotina que dilacera,
beijo
Excelente poema.
As tuas palavras revelam imenso talento poético.
Beijo, querida amiga.
Que bela imagem a das salas vespertinas!
Tão bonito :)
Bjo, Dade!
quantos naufrágios não acontecem nas folhas frágeis das poças da manhã?
beijoss
De uma sensibilidade ...
Sempre muito bom ler você
Beijinho!
Isto aqui está cada vez mais belo!
Poesia e canção - ingredientes que acolhem a alma!...
Obrigada, Adelaide!
Beijos,
Rose
Sua sensibilidade, impressiona!
Belíssimo!
Beijos
Mirze
Dade você me recordou e agora pensando bem você tem uma influência forte na Cecília Meirelles? Escutei um pouco a voz dela e eu a adoro tanto. É claro tua poética é única, mas é uma boa influência.
beijo
É bom ir de encontro a tua poesia.
Ler-te faz parte da minha prazeirosa rotina!
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