sexta-feira, agosto 02, 2013

Reminiscências




Abro a janela
de onde espio coisas
acontecidas.

Reminiscências bem-vestidas
passam sorrindo por mim e vão embora.
Outras
que vêm descalças
entram no aposento imaginário
onde as espero.

Deixo que criem asas
e algumas se desdobram
coloridas
em tudo que poderiam ter sido.

Ao vento do desejo
cortinas de fumaça
na janela.


9 comentários:

Anônimo disse...

A imagem do desfecho é maravilhosa, Dade.

Um beijo!

José Carlos Sant Anna disse...

Ah! como é bom ler esta moça (rs). Quanta simplicidade no seus versos e quanto a dizer.
beijos, Dade!

Marcelo R. Rezende disse...

Delicioso, me vi em algum livro da Lya Luft.

R. Vieira disse...

Experimentar o tempo!
Coisa mais linda!!!

Beijos Dade!

R. Vieira disse...

Experimentar o tempo!
Coisa mais linda!!!

Beijos Dade!

Unknown disse...

este poder ter sido
que só as janelas vislumbram



beijo

Fred Caju disse...

Muito bem. Fiquei aqui pensando às vezes é bom dar asas as monocromáticas também. Com plumas de cisne ou asas de morcego, mais importante é o voo.

Unknown disse...

De tudo que poderia ter sido, o desejo paira num entre voar insistente e imaginário, vago sonho, asas que sou.

Beijos, poetisa

R. Vieira disse...

Janelas... Como são poéticas!!
belo poema Dade!