quarta-feira, julho 16, 2014

Sem razão

A alma é música que às vezes entorta e deixa cair o ritmo  janela abaixo
é lago no escuro trêmulo do quarto à procura de luzes e luz sempre em busca.

Alma é deserto pleno e fala dos oásis que não viu
alma é brinquedo quebrado e ainda assim
amado pela criança que imagina seu brinquedo todo inteiro
por um milagre que só mesmo as crianças acreditam.

Milagre é brincar de ser grande
e misturar a alma na longa espera
das pessoas grandes.

3 comentários:

dade amorim disse...

Cara Dade. fiquei encantado com o poema,

Gostei mesmo!

Nilson Barcelli disse...

Como eu te percebo.
Porque as pessoas grandes são cada vez mais raras...
Mas, ainda assim, convém que tenhamos a alma com algum brilho.
E por falar em brilho, o teu poema tem-no... porque é brilhante...
Beijo, querida amiga Dade.

Graça Pires disse...

Ter alma de criança torna-nos maiores...
Um belo poema, Dade.
Beijo.