domingo, setembro 23, 2007

Voltar a Ouro Preto



Eu voltaria um dia a Ouro Preto
às dores esquecidas no passado
tantos amores e prantos já chorados.
Eu voltaria à cidade, se pudesse.

E chegaria cedo pela tarde
para rever calmosa em sua casa
Marília de Dirceu meio inclinada
sobre uma rosa pálida no alpendre.

Percorreria as ruas mansamente
em uma brisa de anônima frescura
e subiria as ladeiras sob a lua

quando chegasse a noite rediviva
ouvindo do enforcado o choro vivo
e dos fantasmas todos os lamentos.

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