sexta-feira, outubro 02, 2009

Calçadão


Tão leve
vestida de éter
não sente o vento
frio da noite

A noite magra
vaga estendida
embaixo da ponte.

Cabelo dança
rumo do mar
raízes firmes
no calçadão.

Sem flores
poema nas unhas
inventa
que despetala.

A noite é sempre maior
que os horizontes

ondeia nos lábios
paisagem rubra.

4 comentários:

Estela disse...

"a noite é sempre maior
que os horizontes".
Linda a poesia. Parabéns.
BJs.

Amélia disse...

Gosto da musicalidade deste poema - só falta mesmo a menina de Ipanema-
-:)))

claudio rodrigues disse...

OI, Dade. Brigado pela visita aos meus bregueços. Vim retribuir e fiquei aqui...lendo...lendo... Maravilha.

Jefferson Bessa disse...

Como é gostoso o ritmo desse poema, Adelaide! Adorei a leitura.

Um abraço.
Jefferson.