Acordou em agosto
sentou à mesa junto da janela
com a xícara de café
o líquido quente na língua
a ardência no peito.
A sala era uma perspectiva acinzentada
como se a tivessem pintado durante a noite.
Levantou de repente
desceu correndo os degraus
e seguiu pela calçada cumprimentando quem passava
como se conhecesse cada um há muito tempo
pensando – melhor assim –
e sorria ao grupo de crianças de uniforme
e à velha senhora passeando um beagle barrigudo
não muito mais novo que ela.
Aguentou o sorriso duas esquinas e três passos.
Caiu entre as pernas dos transeuntes que corriam
para não perder a hora do trabalho.
sentou à mesa junto da janela
com a xícara de café
o líquido quente na língua
a ardência no peito.
A sala era uma perspectiva acinzentada
como se a tivessem pintado durante a noite.
Levantou de repente
desceu correndo os degraus
e seguiu pela calçada cumprimentando quem passava
como se conhecesse cada um há muito tempo
pensando – melhor assim –
e sorria ao grupo de crianças de uniforme
e à velha senhora passeando um beagle barrigudo
não muito mais novo que ela.
Aguentou o sorriso duas esquinas e três passos.
Caiu entre as pernas dos transeuntes que corriam
para não perder a hora do trabalho.
Um comentário:
triste como a solidão urbana/
medida de nossas vidas...
liuba
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