quarta-feira, outubro 29, 2008

Paisagem




Muro desfeito
à beira dágua em círculos
concêntrico
ponteiro dos segundos.

Muro calçado de terra
sustenta a asfixia de suas flores
e escuta
mudo
o tempo voo do inseto
soco sem luva
ferida aberta à tona.

2 comentários:

Iara Maria Carvalho disse...

a terra que nos sulca, leitores, é a poesia... fiquei sem chão por aqui.

beijos...

Benny Franklin disse...

Poema de prima!