sábado, junho 20, 2009

...

Mas é aqui
: descemos ao mais tenro
e não se volta à tona
depois disso.

Aqui
os quintais são cinzentos
e se ouvem outros sons
que não o canto de estimação dos pássaros
dourados.

E quando se consegue chegar a esse fundo
de quintal e poeira
e escadaria
o tempo nem mais importa a nossos pés.

O tempo
é um registro desigual
nem armadilha
nem prêmio
e é sem volta.

8 comentários:

Amélia disse...

GOSTO DESTE POEMA DE ALGUM DESASSOSSEGO...BEIJO

Anônimo disse...

Belo poema. Gosto especialmente da última estrofe:

"o tempo
é um registro desigual
nem armadilha
nem prêmio
e é sem volta"

Jefferson Bessa disse...

as trilhas desiguais do tempo...

Um abraço.

nydia bonetti disse...

O que fazemos nós com o sentimento do tempo, quando nos invade? Aqui se fez poesia, das boas...
Um beijo, Adelaide. Boa semana!

Marcelo Amorim disse...

gostei muito disso... inspirador

Anônimo disse...

Muito gostoso!
Adorei, escreves muito bem:)

Seu blog esta linked com o meu wordpress.

Nilson Barcelli disse...

Do tempo não conseguimos a fuga nem a distância. Ele vai-nos engolindo, implacável.
Excelente poema, gostei imenso.
Beijo.

Carol Timm disse...

Adade,

Que lindo poema este.

Que bom ter passado aqui nesta noite fria do sul para lê-lo.

Beijos e saudades...
Carol