Ao fim do dia
como quem não espera mais da vidafecho nos olhos lembranças movimentos
e o próprio vento agora silencia.
Tudo que peço da noite é um longo sono
que me dissolva nesse quarto escuro
onde as imagens se perdem nas paredes
como fantasmas através dos muros.
Nada porém será como eu queria
: o sono se despedaça em largos voos
e o fato consumado desse dia
não foge mas se repete pela noite.
2 comentários:
O poema parece música, de tanto que flui tranquilamente, ao contrário desta noite que canta, invadida pelo dia.
Belo, como sempre!
beijos
e que dia!... um dia de angústia, com certeza.
beijos, querida
ivan
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