Encontro em poucos metros
o duplo do passado
que nem mesmo buscava
numa fusão de cores
o duplo do passado
que nem mesmo buscava
numa fusão de cores
e sons.
Nada depende de mim
no caos intenso de rostos e visões
da vida que repasso.
Tudo me escapa
e me pergunto
Nada depende de mim
no caos intenso de rostos e visões
da vida que repasso.
Tudo me escapa
e me pergunto
que potente vontade encaixou as peças
e o estranhamento
no meio do caminho
e se foi dado a alguém
escolher sua vida.
Nada se explica
além do obscuro desejo que nos move
e arrasta seus acréscimos.
Revejo os dias lugares
as casas e pessoas
não há mais nada.
Não existem sobras
e o estranhamento
no meio do caminho
e se foi dado a alguém
escolher sua vida.
Nada se explica
além do obscuro desejo que nos move
e arrasta seus acréscimos.
Revejo os dias lugares
as casas e pessoas
não há mais nada.
Não existem sobras
e o passo com que andei
era de outro
não meu.
Um comentário:
Belíssimo poema, Adelaide.
Beijos nossos
Enylton e Célia
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