Fecho as cortinas
isolo o mundo
numa esfera invisível
mais fria a cada instante.
A experiência de ser é quase trégua
entre os ruídos amigos do relógio
e o despertar discreto de meu gato.
Mas o silêncio grita na memória
e como disse Leminski
não adianta fugir
que viver não tem cura.
numa esfera invisível
mais fria a cada instante.
A experiência de ser é quase trégua
entre os ruídos amigos do relógio
e o despertar discreto de meu gato.
Mas o silêncio grita na memória
e como disse Leminski
não adianta fugir
que viver não tem cura.
2 comentários:
Adade,
Eu que tantos anos tives gatos ainda sonho com eles, ainda tenho saudades daqueles bolinhos de pelo deslizantes.
Às vezes queria despertar e encontrá-los de novo, talvez um dia isso possa acontecer.
Lindo poema!
Beijos,
Carol
É amiga! a vida não tem cura e nós é que fazemos ela valer a pena ser vivida.
bj pra voce
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