terça-feira, agosto 04, 2009

Madrugada



Noite de lua cheia. Sem menção de autor.


A treva consumada
singra um silêncio
de naufrágio.
Rito de mortos
tentativa de ultrapassar
um barco que não existe.
Assim a madrugada comemora
todas as perdas.

7 comentários:

king of pain disse...

The ladies wrang their fingers white,
The maidens tore their heair,
All for the sake of their true loves,
For them they'll see nae mair.

A balada de Sir Patrick Spens

As damas torciam seus alvos dedos,
As virgens arrancavam seus cabelos,
Tudo por seus verdadeiros amores,
Nunca mais poderiam vê-los.

A perda desepera, não? Desde os naufrágios escoceses do século 13.
Beijos!

Theo G. Alves disse...

delicadamente pesado, adade. sobretudo, bonito.

beijo. saudade. :)

Iara Maria Carvalho disse...

beleza sem censura. sem cesuras.

lindo!

beijos...

Beta disse...

Singra, sangra no peito um silêncio escuro carregado de perdas e premonições. Navega em sutilezas.

Beijos,

Anônimo disse...

À noite, quando tudo dorme, a perda se faz sentir com maior intensidade. Um lamento suave e triste, embora belo.

Beijos mil

Ariadna Garibaldi

Unknown disse...

na perda se ganha um novo olhar
que nasce com o dia...


lindo luar Adelaide...
com carinho

Carla disse...

forte, forte, forte! linda vc!