segunda-feira, agosto 24, 2009

Ponta do dia

 

Debaixo dos olhos dela
os traços se multiplicam no sorriso.
Essa lembrança
ele não deixará perdida
imagina
nem no túmulo
se o dia parar
extremo
e interromper a conversa
junto à janela
na hora do café.

Durante as tardes
a coberta jogada sobre o sol
nunca suspeita do escuro
nem de abismos.
É sempre que o sol declina
esse momento extremo
de ravina
às vezes rosas e copas verdes
clareiras
e os pastos ondulando sob o vento.

6 comentários:

Anônimo disse...

Que lindo! Ao ler o poema pude antever o sol a se por. Muito lindo, Dade...

Beijos mil

Ariadna

antonior disse...

Uma interrogação contemplativa sobre a natureza aleatória do alinhamento dos afectos...

Beijinho

Carla disse...

Capturando mais instantes, e inventando mais curvas no tempo. Lindo isso!

Heduardo Kiesse disse...

um poema é assim - diz o que tem!

forte abraço!

heduardo

mariabesuga disse...

... é o recomeço da primeira ponta da noite... se nós deixarmos...

beijinho

Jefferson Bessa disse...

entre o dia e a noite...linda descrição, Adelaide!

Um abraço.