Ao fim da trilha
cento e oitenta graus de pedra
mármore opalescente
nos olhos tanta luz escaneada
a grama desdobrada em latitude
e sob o sol quase um crime.
À sombra quente da pedra
sobre a grama escaneada
depois de voltar à trilha
o mármore em si sem crime
mas ainda opalescente
e as prateleiras do mundo em latitude.
O sol era autor do crime
e não a pedra.
O olhar conduzia a trilha
e refletia luz escaneada
a densidade cega em latitude
e a grama de extensão opalescente.
Voltou pela sombra à trilha
perseguindo a latitude
agora por trás do crime
costas voltadas à luz opalescente
quase cegueira de pedra
vendo a vida escaneada.
Caminhar depois do crime
era mais que opalescente
mais que lembrança de pedra
a visão escaneada
replicava a latitude
em personagens na trilha.
O ar mais leve sem a pedra
por entre as sebes da trilha
era quase um outro crime
o mundo desvendado opalescente
lancetava em latitude
sua carne escaneada.
3 comentários:
Bom mesmo é viajar na trilha da tua poesia Adelaide. Que bonito isso. Beijos
Amei, Dade! Você sempre surpreende a gente.
Beijoca e uma semana ótima
Kelly
Eu não conhecia sextina em poesia.. ficou muito bacana....
bj
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